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Reivindicações pelos alunos
Reivindicações pelos alunos *por Luís Ribeiro Medeiros Estamos acompanhando mais uma greve dos trabalhadores em educação em nosso estado. Quando ouvimos falar em greve surgem muitas opiniões e discussões acerca deste assunto, com grevistas e governo defendendo, cada um, seu ponto de vista, com dados nunca precisos, tampouco semelhantes. As perguntas que nos vêm é: por quê? Para quê? Quem serão mais prejudicados, alunos, professores ou toda a sociedade? As greves não acontecem por acaso. Por mais que se argumente que a greve é por motivações políticas, não há como mobilizar uma classe tão numerosa de profissionais sem que haja um descontentamento generalizado, ou gritos de socorro por todos os homens e mulheres que trabalham na formação cidadã de tantas pessoas. O número expressivo de profissionais no movimento de greve revela os sérios problemas pelos quais a educação do estado vem passando, sem contar muitos profissionais que não podem paralisar por serem professores emergenciais ou estarem em estágio probatório ? e esta é uma das razões por não haver nenhuma escola 100% paralisada. Como professor, posso dizer que a greve causa uma série de transtornos, e quem sai prejudicada é toda a comunidade escolar. Não aceito dizer, apenas quando há paralisação, que o aluno é o mais prejudicado, porque este sofre prejuízos durante todo o ano letivo, com professores desmotivados, que têm sua dignidade colocada em xeque por uma sociedade que, em grande parte, não reconhece o trabalho deste profissional. E ainda tem de se considerar um governo que desrespeita a todos os trabalhadores em educação com um salário tão baixo que desencoraja bons profissionais que querem trabalhar na educação e desanima os que aí já estão. Por isso, as reivindicações feitas por nós são pensando também no aluno. Com um salário digno e uma carga horária compatível com as necessidades de nossa profissão é que teremos uma educação de qualidade, tão almejada por todos, tão propagada pelo governo, e ainda tão distante da realidade. O que queremos não é trabalhar menos, mas trabalhar melhor; cumprir com dignidade e qualidade nosso papel; é ter apoio e condições para fazer deste estado, de fato, um lugar de trabalho e respeito. ? Luís Ribeiro Medeiros é professor. ...


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